Desenho da Escala Humana – Dica #3

O desenho da escala humana é voltado para croquis arquitetônicos e tem por finalidade dar a noção de dimensão e relação entre os elementos representados. O corpo humano funciona como uma unidade de medida, para que o arquiteto consiga projetar os espaços de maneira ergonômica e confortável.

Para isso, o objetivo do desenho da escala humana não é captar minuciosamente a anatomia do corpo humano, mas sim, representar de forma geral as proporções que existem nele. Para desenhá-lo, tenha em mente que:

  1. Tomemos a cabeça como unidade de medida, o corpo de um homem adulto tem a medida aproximada de 8 cabeças de altura e 3 de largura;
  2. Lembre-se que a nossa cabeça se assemelha ao formato de um ovo;
  3. A partir disso, localize as articulações [veja o desenho]: os ombros se encontram na segunda divisão de cima para baixo, o umbigo e os cotovelos se encontram na terceira divisão, a cintura se encontra na quarta/ quinta divisão, os pulsos se encontram na quinta divisão, os joelhos se encontram na sexta divisão e os calcanhares na oitava divisão;
  4. Complete o corpo a partir da conexão entre as articulações. Seja criativo.

Esteja atento que as medidas da escala humana variam conforme a idade, o gênero e a atividade da pessoa. O interessante é diversificar a representação, pois o desenho é reflexo da sociedade, principalmente quando estamos falando de um desenho voltado para design, arquitetura e urbanismo. Sugiro que inclua outros elementos: animais, pessoas de mãos dadas, PcD, pessoas em meios de transporte, etc.

Após praticar as medidas, busque sintetizar a representação de forma criativa. Para o croqui da escala humana, basta desenhar a silhueta do corpo, respeitando as proporções internas.


Um exercício que gosto de praticar para estimular a criatividade a respeito da escala humana, é carimbar meus dedos com tinta em uma folha de papel, de forma aleatória. Após a secagem, com um marcador, tento encontrar formas que me remetam ao corpo humano. O resultado é sempre muito divertido e diverso. Veja o exemplo abaixo:


Não deixe de acompanhar as próximas dicas de desenho e atividades!

Perspectiva com 2 Pontos de Fuga – Dica #2

Com a intenção de dar profundidade e dinamicidade à representação, a dica de hoje consiste no desenho do cubo em perspectiva com 2 pontos de fuga, também chamada de perspectiva cônica, pois dois eixos sofrerão distorção. Para desenhá-lo, recomendo:

  1. Posicionar a “linha do horizonte”, também chamada de “linha do olhar”, que compreende a altura do olhar do observador;
  2. Posicionar os pontos de fuga nas extremidades dessa linha;
  3. Traçar uma das arestas do cubo, é a partir dela que a perspectiva será construída (é como se estivéssemos desenhando pela quina do objeto). Da aresta, sairão as linhas de fuga, que são responsáveis por conferir profundidade;
  4. Estabelecida a largura e o comprimento do cubo, traçar as linhas de convergência para os pontos de fuga, responsáveis por delimitar a parte de cima do objeto;
  5. Repita o processo em outra posição do campo plástico e, utilizando diferentes hachuras, pinte as faces semelhantes.

Confira o passo a passo abaixo:

Note que ao posicionar o cubo abaixo da linha do olhar, vemos as faces laterais e de cima. E ao posicionar acima da linha do olhar, vemos as faces laterais e a de baixo.


Não deixe de conferir a Dica 1 sobre Desenho de Vegetação!

Desenho de Vegetação – Dica #1

Bem-vindos ao primeiro post do Blog Ateliê Luiza Budahazi, cujo intuito é compartilhar algumas dicas, técnicas e ideias criativas de representação gráfica que adquiri a partir de experiências pessoais enquanto arquiteta e urbanista, professora e urban sketcher. Em especial, as dicas são voltadas para desenhos artísticos e croquis arquitetônicos. Espero que ajudem a evoluir na prática do desenho e estimular a criatividade!


Como dica primeira, escolho o Desenho de Vegetação, que costuma apresentar certa organicidade em sua estrutura, para desenhá-la recomendo:

  1. Simplificação das formas complexas em formas simples (como o círculo, o quadrado ou o triângulo) e linhas;
  2. Preenchimento da folhagem, tendo em vista o adensamento. Ou seja, haverá áreas cheias e áreas mais vazias, preenchidas pelo ar. Sendo assim, o contorno não necessita de ser uniforme;
  3. Indicação das áreas iluminadas e sombreadas;
  4. Detalhamento com a utilização de um lápis mais intenso, tendo em vista as imperfeições que a estrutura arbórea apresenta.
O atributo alt desta imagem está vazio. O nome do arquivo é Dica-1_Desenho-de-Vegetacao5_atelie.l.b-1-1024x743.jpg